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#5 - Turnover – Alta rotatividade de profissionais. O que fazer?


Já sabemos que a alta rotatividade nas empresas, geras muitos desgastes nas corporações. A falta de comprometimento de colaboradores que simplesmente abandonam seus postos é uma dura realidade, encarada com muito pesar nas instituições.


É fato que muitos funcionários não se comprometem com a vaga. Entretanto, muitas vezes é a própria empresa que acaba contratando em excesso, simplesmente por não saber aproveitar de uma maneira mais assertiva seu material humano já existente.


Tenho um exemplo simples e muito curioso de como isso é possível. Trabalhei por um tempo em uma multinacional na Austrália, onde a função principal era visitar cliente e realizar vendas de produtos. O trabalho exigia longas viagens no carro da empresa. Vale lembrar que na Austrália o motorista se posiciona do lado direito e nunca tinha dirigido lá. Mas na entrevista, ao ser perguntado se existia algum problema nas longas viagens de carro, prontamente disse que não e que poderia dirigir tranquilamente. O tempo foi passando e consegui ir muito bem nas vendas. Porém, minha falta de habilidade ao volante foi ficando cada vez mais visível. Certo dia, quando tive a infelicidade de estourar os dois pneus do carro de uma vez batendo num meio fio, meu chefe me chamou para uma conversa. Tinha certeza que seria demitido e estava preocupado, pois precisava muito daquele emprego para me manter no país. Para minha surpresa, meu chefe me disse.


– Ricardo, percebo que você é um ótimo vendedor, mas um péssimo motorista. Você gostaria de assumir as vendas fixas nos nossos estandes em shoppings, sem precisar se deslocar tanto diariamente?


Nossa! Como aquilo me deixou aliviado! Tinha certeza que seria o fim do meu ciclo na empresa, mas fui realocado para uma vaga onde favorecia o melhor do meu potencial.


Será que hoje em sua empresa, você não possui algum funcionário assim? Que está desmotivado, fazendo algo que não favorece o seu melhor enquanto profissional?


Assim como eu na época precisava muito daquele emprego e tinha que dirigir mesmo não gostando, tenho certeza que muitos funcionários também devem estar cansados de dirigir os cargos que estão exercendo. Entretanto, como eles precisam muito do emprego, vão continuar fazendo ainda muitas “barbeiragens” dentro da sua empresa.

Se tivesse sido mandado embora não iria estranhar, já que era assim que havia me acostumado com o mercado de trabalho. Contudo, aquele chefe foi um pouco além. Ele soube aproveitar melhor uma peça que já tinha nas mãos, sem precisar arriscar tirando uma nova e desconhecida carta no baralho.


Tenho certeza que esse olhar atento para seus colaboradores pode ajudar a evitar a alta rotatividade na sua empresa. Antes de mandar embora, pergunte-se: será que esse colaborador não pode ser útil em outra área da empresa? Em outra função? Isso pode ser melhor para ambos os lados ao invés de aumentar o número de turnover da sua empresa.

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