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Ouvindo e Habitando o Corpo - 7 passos

Série "Pílulas de Atenção Plena"

Descubra como cultivar a conexão, cuidado e gratidão com o corpo em 7 passos.



Você deixa seu corpo se comunicar com você?


Experimente parar por alguns instantes, e sinta. O que está presente nesse instante? Ele pede algum cuidado, algum movimento?


Muitas vezes, vivemos tão imersos em nossos pensamentos que pouco sentimos nosso corpo. Pouco habitamos o nosso corpo.


Nos relacionamos com o nosso corpo como se ele fosse um mero veículo de transporte que carrega a “preciosa mente” - que fica na cabeça - com seus pensamentos para interagir com o mundo. Lembramos de olhar para nosso corpo quando ele dói ou incomoda, muitas vezes para reclamar. Padrões culturais de estética não ajudam em nada nesse sentido, e podemos atribuir ao nosso corpo cargas emocionais ainda mais pesadas.


Mas o corpo é muito mais do que isso, e desenvolver essa percepção tem ajudado as pessoas a viverem uma vida mais equilibrada e saudável. Inclusive, tem algumas tradições que consideram que a mente não é restrita à cabeça, mas sim que habita todo o corpo. Todo o corpo tem entrada sensorial, tem uma riqueza própria, tem sabedoria própria. O corpo é fonte de muitos dos prazeres que buscamos na vida, mas se estamos desconectados, como podemos estar abertos a sentir o que ele tem para nos oferecer?


Quando sente alegria, por exemplo, onde sente? E amor? E tristeza?


Quando algo não te faz bem, quando algo parece que não está certo ou que não deveria seguir em determinada direção, onde sente?


Acredite, o corpo nos dá muito mais dicas do que imagina.


E então, meu convite aqui é para que, pelo menos por alguns instantes, você comece a ouvir seu corpo. Comece a escutar sua sabedoria, se permita aprender com ele. Veja se é possível começar a estabelecer uma nova relação com ele. E o mais importante, aprenda a conhecer e respeitar seus limites.


Por incrível que pareça, isso é exatamente uma das maiores dificuldades que as pessoas que atendo tem, seja no consultório ou nas sessões de mindfulness. Vivemos tão desconectados no dia a dia que mal sabemos nomear as sensações. Mal sabemos o que olhar ao tentar se abrir para sentir o corpo, e facilmente caímos na cilada de querer que o corpo sinta algo diferente do que está presente naquele instante.


As sensações são as mais variadas. Podem ser confortáveis, desconfortáveis ou neutras (quando não sentimos sensação em determinado ponto). Podem ser coceira, formigamento, pontada, queimação, toque ou contato, pressão, temperatura, tensão ou relaxamento...


E às vezes, o cuidado que podemos oferecer pode ser tão simples quanto se levantar e esticar um pouquinho. Tomar água. Ir ao banheiro. Girar a cabeça. Dar uma respiração mais profunda. Alongar brevemente alguma parte do corpo. Escolha um, vá com calma e pegue leve com você mesmo!


E por fim, uma outra atitude muito importante de começar a cultivar nessa relação com o corpo é a gratidão. Isso mesmo. Gratidão. Com todas as falhas e dificuldades que ele pode ter, ele é SEU corpo. Ele ainda te permite muitas coisas, mesmo que com imensas restrições em vários casos. Ele ainda tem muita vida contida. Ele é um universo inteiro, um templo. E se olhar atentamente, vai descobrir que além da dor, ele também tem o conforto e o recurso que precisa para lidar com a dor.


E se ainda for muito difícil, comece com o simples, siga esses passos, eles não precisam durar mais do que alguns minutos:


1) Pare.


2) Se abra, sinta. Deixe sua atenção se voltar para o corpo.


3) Tem alguma sensação presente?


4) Acolha. Pode até falar mentalmente algo como “eu te sinto, eu estou aqui com você”.


5) Se faça a seguinte pergunta: tem algum cuidado ou movimento que pode oferecer nesse estante?


6) Ofereça esse cuidado


7) Reconheça que dedicou esses instantes para si mesmo, se possível fale mentalmente “muito obrigada”


Se desafie! Experimente fazer isso alguns dias e veja o que acontece!





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